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Mulher morre após quatro dias de agressões do companheiro em Angélica

Graciane de Sousa Silva, de 40 anos, é a 12ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2025; caso chocou a população e mobiliza a Polícia Civil.
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Graciane de Sousa Silva não resistiu aos ferimentos após dias de espancamento em Angélica; caso está sendo investigado como feminicídio. Foto: Divulgação/Rede Social. Por: Editorial | 26/05/2025 14:09

Graciane de Sousa Silva, de 40 anos, morreu no último domingo (25) após sofrer agressões brutais por quatro dias consecutivos em Angélica, município do interior sul-mato-grossense. O principal suspeito é seu companheiro, José Robério Viana de Souza. O caso foi registrado como o 12º feminicídio de 2025 em Mato Grosso do Sul e causou grande comoção na cidade. Segundo informações da Polícia Civil 

as agressões começaram no dia 17 de maio e se estenderam até a noite do dia 21. Gravemente ferida, Graciane foi socorrida pelo proprietário da residência onde morava com o agressor e encaminhada ao Hospital ABA, em Angélica. Devido à gravidade dos ferimentos, ela precisou ser transferida para o Hospital Regional de Nova Andradina, onde veio a óbito.

Ainda hospitalizada, Graciane conseguiu relatar a um investigador da Polícia Civil que sofria agressões constantes. Ela contou ter sido espancada com chutes no abdômen, costas e ombros. A denúncia foi formalizada no dia 22 por funcionários do hospital que atenderam a vítima.

A família relatou que Graciane costumava manter contato diário com os parentes, mas havia desaparecido por quatro dias — justamente o período em que sofreu as agressões. "Ela ligava todos os dias, mandava foto. De repente, parou. Quando conseguimos falar com ela, estava desesperada, disse que ia morrer, que ele ia matar ela", contou uma prima.

No sábado (24), a equipe médica informou à família que Graciane passaria por uma cirurgia abdominal para investigar complicações internas. Segundo os médicos, as lesões teriam causado a ruptura do apêndice, o que agravou ainda mais seu quadro. Ela não resistiu e faleceu no dia seguinte.

José Robério se apresentou à delegacia no mesmo dia da denúncia, mas negou as acusações. A Polícia Civil aguarda o laudo necroscópico, mas já iniciou os trâmites para solicitar a prisão temporária do suspeito, com base nos relatos e evidências reunidas até o momento.

Este crime se soma a um cenário preocupante de violência doméstica em Mato Grosso do Sul. Apenas dois dias antes, em Coronel Sapucaia, Olizandra Vera Cano, de 26 anos, foi morta com golpes de faca no pescoço pelo próprio marido.

As investigações continuam sob responsabilidade da Delegacia de Polícia de Angélica, que busca esclarecer todos os detalhes do caso e garantir a responsabilização do agressor. Com informações: PCMS.




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