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Semeando o futuro: indígenas Terena unem tradição e sustentabilidade em projeto ambiental

Na aldeia Limão Verde, em Aquidauana, projeto une jovens e anciãos em ação de reflorestamento produtivo que valoriza o conhecimento tradicional e promove segurança alimentar.
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Com apoio técnico e união da comunidade, indígenas da Limão Verde iniciam o plantio de mudas nativas, cultivando alimento, cultura e futuro sustentável. Foto: Assessoria. Por: Editorial | 26/05/2025 09:43

“Estamos plantando as sementes do nosso futuro, com as mãos dos nossos jovens, com o saber dos nossos mais velhos”. Com essas palavras, o cacique Ademilson Souza, da aldeia indígena Limão Verde, em Aquidauana, resume o espírito do projeto Semeando o Futuro. A iniciativa vai além da recuperação ambiental: representa um marco de autonomia, valorização cultural e protagonismo indígena para o povo Terena.

Liderado pelo Governo de Mato Grosso do Sul e pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com apoio técnico da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), o projeto aposta na união entre tradição e inovação. A ação foi lançada na última sexta-feira (23), quando os primeiros plantios foram realizados pela comunidade local.

Foto: Assessoria.

O sistema produtivo inclui o cultivo consorciado de banana, mandioca, café, guavira, mamão e hortaliças. As mudas foram fornecidas em parceria entre a BR Gardens, Agraer e a própria comunidade, que contribuiu com ramas de mandioca. O plantio é apenas uma das etapas de um trabalho mais amplo que busca restaurar ecossistemas, preservar a biodiversidade e garantir segurança alimentar com base no conhecimento tradicional.

Segundo a coordenadora do projeto, Ariadne Gonçalves, da BR Garden, o envolvimento dos indígenas é essencial para o sucesso da iniciativa. “Esse projeto não é apenas sobre plantar árvores, mas sobre cultivar o futuro de um território com raízes profundas. O conhecimento do povo Terena é a base desse trabalho”, afirma.

Foto: Assessoria. 

O Semeando o Futuro também integra a Olimpíada Brasileira de Restauração de Ecossistemas, com a participação ativa dos estudantes da escola da aldeia. A comunidade realiza ainda a coleta e uso de sementes nativas como baru, ingá, jatobá, jenipapo e pequi. Além do reflorestamento, o projeto prevê a criação de viveiros comunitários, capacitação de coletores de sementes e geração de renda.

“Isso aqui é mais que reflorestamento”, reforça o cacique Souza. “É nossa forma de proteger a terra, garantir o alimento e ensinar nossos filhos o valor da nossa cultura e da natureza.”

A ação envolve diversas instituições parceiras, como a UCDB, a UEMS e a Fundect, e consolida-se como um modelo de desenvolvimento sustentável ancorado na sabedoria ancestral dos povos originários. Com informações: Agência de Notícias.




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