Caarapó tem registrado um crescimento significativo no número de denúncias de violência doméstica durante o primeiro semestre de 2025. Embora os números possam inicialmente causar preocupação, especialistas, autoridades locais e integrantes da rede de atendimento apontam que esse aumento revela uma mudança fundamental: as mulheres estão cada vez mais confiantes e seguras para romper o silêncio e buscar ajuda. Essa transformação é resultado direto do compromisso da prefeita Professora Lurdes e de sua gestão, que priorizam o enfrentamento à violência de gênero como uma questão central da administração municipal.
Esse cenário de avanço é coordenado pela Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres, que nos últimos meses intensificou suas atividades focadas na elaboração e fortalecimento da rede de proteção às vítimas. Através de estudos aprofundados, articulações institucionais e diálogo com a sociedade civil, a pasta tem trabalhado para criar políticas públicas eficazes e sustentáveis.
Em março, mês dedicado às celebrações e debates sobre os direitos da mulher, a coordenadoria realizou uma importante reunião estratégica envolvendo todos os integrantes da rede de enfrentamento à violência doméstica em Caarapó. O objetivo foi consolidar as deliberações finais sobre o Fluxo de Atendimento à Violência Doméstica — um documento que orienta a atuação integrada e rápida dos diversos setores envolvidos, como segurança pública, assistência social, saúde e justiça.
O encontro contou com a participação de nomes relevantes, entre eles a socióloga Bruna Gayozo, que lidera a Coordenadoria, o capitão Tormin representando a Polícia Militar, o tenente Alisson Aguiar, a coordenadora do CRAS Indígena Luciene Cavalheiri, a coordenadora do CREAS Júlia Barros, equipes técnicas do CRAS, o enfermeiro Samuel Bach, mediador do programa Dialogando Igualdades, além de representantes do Hospital São Mateus, da Secretaria Municipal de Saúde, da Sala Lilás e da SESAI.
Como resultado desse trabalho coletivo, foi elaborado um pacote de propostas estruturantes que já foi encaminhado para análise do setor jurídico da prefeitura. As principais ações incluem:
Oficialização do Fluxo de Atendimento à Violência Doméstica de Caarapó, estabelecendo diretrizes claras para a atuação intersetorial, visando agilidade e eficiência no atendimento às vítimas;
Projeto de Lei “Maria da Penha Vai à Escola”, que institui uma semana anual de atividades educativas em escolas municipais para sensibilizar crianças e adolescentes sobre direitos das mulheres e o combate à violência doméstica;
Criação do novo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, que garantirá maior participação social, controle democrático das políticas públicas e fortalecimento das ações em prol da equidade de gênero no município.
Bruna Gayozo ressaltou a importância do trabalho coletivo: “Essa construção se baseia em muito diálogo e escuta atenta de todos os setores envolvidos, sempre com foco na proteção integral das mulheres. Esses projetos representam avanços concretos e estruturantes para garantir que nenhuma mulher enfrente a violência sozinha.”
A expectativa é que, nos próximos meses, as propostas sejam apreciadas e aprovadas, consolidando um sistema robusto de proteção e atendimento às mulheres em situação de violência. Em Caarapó, a denúncia deixa de ser um dado preocupante para se tornar um sinal concreto de mudança social e esperança.. Com informações: Prefeitura de Caarapó.