O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Marinha do Brasil, por meio do Comando do 6º Distrito Naval, firmaram um acordo de cooperação técnica com o objetivo de intensificar as ações de prevenção e combate a incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. A parceria visa ampliar a atuação do programa Prevfogo/Ibama e oficializar atividades que já vinham sendo realizadas de forma colaborativa, mas sem respaldo jurídico.
O acordo, com vigência por prazo indeterminado e sem transferência de recursos financeiros, estabelece um regime de colaboração mútua entre os dois órgãos. A iniciativa busca fortalecer a capacidade de resposta a incêndios, especialmente em áreas sob jurisdição da Marinha e em regiões ambientalmente sensíveis, como o Pantanal sul-mato-grossense.
Entre os compromissos do Ibama estão o fornecimento de instrutores para capacitações, apoio técnico à criação de metodologias comuns de manejo do fogo, e participação em eventos operacionais conjuntos. O órgão também fornecerá acesso ao sistema Sisfogo, fundamental para o monitoramento e planejamento das ações, além de arcar com os custos das operações envolvendo seus servidores.
A Marinha, por sua vez, se compromete a disponibilizar apoio logístico, oferecer vagas em cursos de capacitação, assumir os custos operacionais de seu efetivo, e ceder espaço em terra firme para a guarda da embarcação do Ibama, modelo Zenit 1000 Wide. A embarcação permanecerá sob a responsabilidade do Comando Naval.
O plano de trabalho estipula a designação, em até 30 dias, de representantes das duas instituições para acompanhar a execução do acordo. As ações previstas incluem a elaboração anual de planos conjuntos de prevenção e combate, além da realização contínua de treinamentos.
A coordenação das atividades ficará a cargo da equipe técnica do Ibama no estado e da Seção de Operações do 6º Distrito Naval, sob liderança do Capitão de Fragata Paulo de Tarso. A parceria também prevê avaliações anuais, com produção de relatórios detalhados e publicação dos resultados nos sites institucionais dos órgãos.
A formalização do acordo é considerada estratégica, principalmente diante da recorrência de incêndios no Pantanal. A expectativa é de que a parceria eleve a eficácia das ações e sirva de modelo para outras regiões com desafios semelhantes. Com informações: