O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve presente hoje, em Moscou, nas comemorações pelos 80 anos da vitória do exército soviético sobre a Alemanha nazista, durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Em meio ao atual conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o evento ocorreu com a ausência de líderes de países ocidentais.
O que aconteceu
Lula assistiu ao tradicional desfile do Dia da Vitória na Praça Vermelha, em Moscou. Aproveitando a data, o governo de Vladimir Putin usou o 9 de maio para exibir seu poder militar, com um desfile e a apresentação de armamentos. De acordo com o Kremlin, 29 chefes de Estado estrangeiros foram convidados, embora nem todos os nomes tenham sido divulgados.
O convidado mais relevante é o presidente da China, Xi Jinping, que mantém uma relação próxima com Putin e tem sido um aliado estratégico para a Rússia durante o conflito com a Ucrânia. Além de Lula, outros representantes de países aliados de Moscou também compareceram, refletindo a tentativa da Rússia de reforçar sua influência em um momento de crescente isolamento internacional.
Lula, que foi um dos poucos líderes ocidentais a comparecer, manifestou apoio a um diálogo pacífico para resolver a guerra na Ucrânia, mantendo uma postura de neutralidade frente ao conflito. O presidente brasileiro tem se esforçado para se posicionar como um intermediário, propondo esforços diplomáticos para buscar uma solução para a crise.
Ao lado de Putin, Lula também deve abordar questões bilaterais entre Brasil e Rússia, como comércio e cooperação em áreas como energia e defesa. A visita ocorre em um momento delicado para a diplomacia internacional, com a guerra na Ucrânia completando mais de um ano e sem perspectiva de fim imediato.
A presença de Lula em Moscou reflete sua estratégia de reafirmar o protagonismo do Brasil no cenário internacional, especialmente em tempos de polarização global. O presidente tem adotado uma abordagem mais pragmática, focando em manter boas relações com diferentes potências, incluindo a Rússia, enquanto tenta avançar em sua agenda de desenvolvimento e estabilidade para o Brasil. Com informações Uol