| Hoje é Quarta-feira, 21 de Maio de 2025.

Vírus respiratórios em alta: Brasil registra crescimento de casos de VSR e influenza A

Com a queda da temperatura, autoridades de saúde alertam para o aumento da circulação dos vírus e enfatizam a necessidade de vacinação.
Ampliar
Dados mostram aumento nos casos de vírus sincicial respiratório, causador da bronquiolite, e da influenza A, causador da gripe, no Brasil Dados mostram aumento nos casos de vírus sincicial respiratório, causador da bronquiolite, e da influenza A, causador da gripe, no Brasil . Por: Editorial | 07/05/2025 13:52

O Brasil tem observado um aumento nos casos de infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite, e pela influenza A. Desde o início de março, os casos desses agentes infecciosos vêm crescendo de forma contínua, com o VSR apresentando a maior taxa de positividade dos últimos três anos. Atualmente, mais da metade do país (16 das 27 unidades federativas) está em alerta ou alto risco para síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Esses dados foram divulgados no relatório do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), no dia 22 de abril, e no boletim Infogripe da Fiocruz, publicado em 30 de abril.

O estado de Goiás, o Distrito Federal e a região Sudeste concentram o maior número de casos de VSR. Já o vírus influenza A, que causa gripe, tem se espalhado desde dezembro, afetando todas as faixas etárias, com maior incidência nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, resultando em um grande número de hospitalizações e casos de SRAG.

O Infogripe aponta que o aumento da circulação do VSR, juntamente com o rinovírus, tem causado um crescimento na incidência de SRAG, especialmente em crianças pequenas, nas regiões Centro-Sul e em alguns estados do Norte e Nordeste. Nos estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso do Sul, a síndrome tem afetado jovens, adultos e idosos devido ao vírus influenza A, enquanto São Paulo tem registrado aumento de SRAG em todas as faixas etárias acima de 15 anos.

De acordo com a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a queda da temperatura nesta época do ano contribui para o aumento desses vírus, pois as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados, favorecendo a circulação dos patógenos respiratórios.

A importância da vacinação

A vacinação contra a influenza A é fundamental como medida preventiva. Apesar de a vacina não garantir a total imunidade contra o vírus, ela reduz o risco de quadros graves, internações e óbitos. Segundo Gouveia, a vacina é feita com vírus inativados e não causa a doença. Eventuais reações, como dor no local da aplicação e febre, são comuns nas primeiras 48 horas.

A vacina contra a influenza é anual, pois o vírus sofre mutações constantes e os imunizantes são atualizados conforme as cepas em circulação. A imunidade adquirida pela vacina dura entre seis e 12 meses, o que torna necessária a vacinação a cada ano, preferencialmente no outono.

A campanha nacional de vacinação de 2025 começou em 7 de abril, com foco em grupos prioritários, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, idosos acima de 60 anos, povos indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua.

Medidas contra o VSR

Para prevenir formas graves de infecção pelo VSR, a rede pública oferece o palivizumabe (Astrazeneca), um anticorpo indicado para bebês de alto risco. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), o medicamento é disponível gratuitamente para prematuros com até 28 semanas e seis dias de gestação, no primeiro ano de vida, e para bebês com displasia broncopulmonar ou cardiopatia congênita até os 2 anos.

Na rede privada, duas vacinas estão disponíveis: Arexvy (GSK), para idosos, e Abrysvo (Pfizer), destinada a idosos, adultos com comorbidades e gestantes. Esta última induz a transferência de anticorpos da mãe para o feto, sendo recomendada para gestantes entre 24 e 36 semanas de gestação, com a aplicação feita pelo menos duas semanas antes do parto.

Além disso, o anticorpo monoclonal nirsevimabe (Sanofi), indicado para bebês e crianças até 2 anos com comorbidades, foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) no início de 2025. Esse medicamento, juntamente com a vacina para gestantes, estará disponível na rede pública no segundo semestre de 2025, mas já pode ser adquirido na rede privada. Com informações CNN Brasil




PORTAL DO CONESUL
NAVIRAÍ MS
CNPJ: 44.118.036/0001-40
E-MAIL: portaldoconesul@hotmail.com
Siga-nos nas redes sociais: