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Governo de Portugal exige saída de 18 mil imigrantes: Brasileiros também estão entre os afetados

Autoridades portuguesas anunciam notificação de imigrantes com pedidos de residência negados.
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Por: Editorial | 05/05/2025 14:15

O governo de Portugal notificará 18 mil imigrantes em situação irregular para que deixem o país. A Embaixada do Brasil em Lisboa acompanha a situação e está em contato com as autoridades portuguesas para obter informações sobre o número exato de brasileiros afetados.

O ministro da Presidência de Portugal, António Leitão Amaro, afirmou no último sábado (3/5) que os imigrantes a serem notificados tiveram seus pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima) após análise, por não cumprirem as normas locais. Eles terão 20 dias para deixar o país, e quem não cumprir a ordem será removido coercitivamente.

Amaro ainda revelou que 4.574 imigrantes serão notificados na próxima semana. "As regras devem ser cumpridas, e o descumprimento acarretará as consequências previstas pela lei", destacou. Segundo o ministro, muitos dos 18 mil imigrantes afetados já possuíam ordens de saída de outros países europeus ou tiveram a residência negada devido a "questões criminais".

O governo português espera que o número de notificações aumente, uma vez que há uma fila de aproximadamente 110 mil pedidos de residência aguardando análise.

A Embaixada do Brasil acompanha a questão de perto. O cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Alessandro Candeas, declarou que está em contato com as autoridades locais para esclarecer o número exato de brasileiros afetados. O embaixador Raimundo Carreiro também está acompanhando a situação. De acordo com os primeiros dados, os brasileiros representam uma pequena parte dos afetados, apesar de serem a maior comunidade de imigrantes no país.

Em entrevista à rádio Observador, Amaro afirmou que cerca de dois terços dos 18 mil pedidos indeferidos são de imigrantes de países como Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão.

A decisão foi anunciada a um dia do início da campanha eleitoral para as eleições gerais, que ocorrerão em 18 de maio. O governo do primeiro-ministro Luís Montenegro enfrentou uma crise, marcada por um escândalo envolvendo sua empresa de consultoria, resultando na queda do premiê após uma moção de desconfiança no Parlamento.

A Casa do Brasil em Lisboa (CBL) emitiu uma declaração associando o anúncio à tentativa de desviar a atenção das acusações de corrupção contra Montenegro. "Parece-nos que o governo está usando a imigração como um bode expiatório para mascarar os problemas reais do país", afirmou Ana Paula Costa, presidente da CBL. Com informações BBC News Brasil




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