Em meio aos preparativos para o conclave que escolherá o sucessor do Papa Francisco, surgem rumores de que o presidente francês Emmanuel Macron estaria tentando influenciar o processo, o que tem gerado desconforto no Vaticano e reacendido tensões históricas entre França e Itália, conforme relatado pelo jornal espanhol El País.
Às vésperas do conclave, os principais candidatos ao papado enfrentam acusações de omissão em casos de abuso sexual.
Entenda: As fragilidades de Pietro Parolin, o favorito para se tornar o próximo Papa, e seus laços tensos com Francisco.
De acordo com o periódico francês Le Monde, Macron teria se encontrado com cardeais franceses e membros influentes da Comunidade de Sant'Egidio, movimento católico progressista próximo ao falecido pontífice, durante um jantar na embaixada da França junto à Santa Sé. Entre os presentes estava o cardeal Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha e considerado um dos "papáveis" para o trono de São Pedro.
A atitude do presidente francês tem sido vista por observadores italianos como uma tentativa de impulsionar candidatos alinhados à visão progressista de Francisco, o que contraria a tradicional neutralidade do Estado francês em questões religiosas. A presença de Macron em eventos religiosos já havia gerado controvérsia antes, como quando participou de uma missa celebrada por Francisco em Marselha, em setembro de 2023, reacendendo debates sobre o secularismo na França.
Este movimento francês ocorre em um momento delicado para a Igreja Católica, que se prepara para o conclave com um colégio de 135 cardeais eleitores de 71 países, refletindo a diversidade global da instituição. Entre os favoritos ao papado estão o italiano Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e o filipino Luis Antonio Tagle, conhecido por sua postura progressista e apelidado de "Francisco asiático". Com informações O Globo.