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Dólar em queda após China sinalizar disposição para negociar com os EUA

Moeda americana é cotada a R$ 5,64, enquanto investidores reagem aos dados de emprego nos EUA.
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Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters Por: Editorial | 02/05/2025 10:06

O dólar registrou queda nesta sexta-feira (2), cotado a R$ 5,64, após a China sinalizar sua disposição para negociar a guerra tarifária com os Estados Unidos, iniciada por Donald Trump. O alívio na tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo veio quando o governo chinês anunciou que está avaliando a proposta dos EUA para iniciar conversas sobre o conflito tarifário.

De acordo com a mídia estatal chinesa, os EUA procuraram a China na quinta-feira (1º) para negociar as tarifas de 145% impostas por Trump em abril. As tarifas americanas foram retaliadas pela China, resultando em uma cobrança de 125% sobre produtos americanos.

O Ministério do Comércio da China afirmou que os EUA devem "demonstrar sinceridade" se quiserem avançar nas negociações. Para isso, os norte-americanos devem corrigir suas práticas e cancelar as tarifas unilaterais. A pasta ressaltou que "usar negociações como pretexto para coação e extorsão não seria eficaz". Até o momento, o governo dos EUA não se manifestou.

Ainda nesta sexta-feira, os investidores reagiram positivamente aos dados do payroll, o principal relatório de emprego nos EUA, que mede a criação ou perda de vagas fora do setor agrícola. De acordo com o Departamento de Trabalho, foram geradas 177 mil vagas em abril, superando a expectativa de 130 mil, segundo economistas consultados pela Reuters. A taxa de desemprego permaneceu em 4,2%, conforme o previsto.

O resultado mais robusto do que o esperado ajudou a aliviar as preocupações com a saúde do mercado de trabalho. O aumento no número de empregos geralmente indica uma economia em crescimento, o que tem impacto nas decisões sobre as taxas de juros do Federal Reserve (Fed), especialmente após dados negativos divulgados na quarta-feira, relacionados aos efeitos das tarifas de Trump.

Resumo dos mercados:

Dólar
Às 9h30, o dólar estava em queda de 0,56%, cotado a R$ 5,6467. No acumulado, a moeda americana teve:

  • Recuo de 0,17% na semana;

  • Queda de 0,50% no mês;

  • Perda de 8,13% no ano.

Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 0,83%, a R$ 5,6770.

Ibovespa
O Ibovespa opera a partir das 10h. Na quarta-feira, o índice fechou com queda de 0,02%, aos 135.067 pontos, acumulando:

  • Alta de 0,24% na semana;

  • Avanço de 3,69% no mês;

  • Ganha de 12,29% no ano.

O que está influenciando os mercados?

Os mercados reagiram positivamente após a China demonstrar interesse em negociar. Desde o anúncio das tarifas por Trump, a China vinha sendo inflexível, resistindo às imposições e adotando uma postura firme. O Ministério das Relações Exteriores chinês comparou ceder às tarifas de Trump a "beber veneno", mobilizando a condenação global às restrições sem mostrar disposição para uma trégua.

Na quarta-feira, o dólar interrompeu uma sequência de oito quedas, fechando a R$ 5,67, à medida que os primeiros efeitos das tarifas começaram a impactar a economia dos EUA. Uma surpresa negativa foi o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) americano, que registrou uma queda de 0,3% no primeiro trimestre, contrariando a previsão de alta de 0,3%. Isso foi influenciado pelo aumento das importações, com empresas antecipando compras para evitar custos mais altos devido às tarifas.

Além disso, o Departamento de Comércio dos EUA informou que o déficit comercial de bens atingiu um recorde histórico em março, com empresas antecipando as importações. Novos dados de inflação e emprego também foram divulgados, mostrando um aumento de 3,6% no índice de preços PCE, o indicador preferido pelo Federal Reserve, em comparação com 2,4% no trimestre anterior.

Por fim, o Relatório Nacional de Emprego da ADP, que monitora a criação de vagas no setor privado, revelou uma desaceleração maior do que o esperado em abril, com apenas 62 mil postos de trabalho criados, contra uma previsão de 115 mil. Com informações G1.




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