Uma professora de 65 anos, vítima de uma agressão brutal cometida por familiares de um aluno de sete anos, tem apresentado sérios traumas psicológicos e físicos após o ocorrido. O caso aconteceu no bairro Resgate, em Salvador (BA), e gerou grande comoção.
De acordo com o portal Correio 24 Horas, a filha da vítima relatou que a mãe desenvolveu um forte medo de sair de casa e ser atacada novamente. "Ela chora muito e não quer sair de casa. Tivemos de tirar o telefone do gancho porque ela associa ao interfone e à chegada dos agressores, que foram o padrasto, a mãe e a tia do menino. Por conta disso, minha mãe começou a fazer terapia ontem e está com bastante medo", contou a filha.
Além dos danos psicológicos, a professora sofreu diversas lesões, sendo encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exame de corpo de delito. No local, foram constatados cabelos arrancados, hematomas nos braços, pernas e costas, sangramento no nariz e uma fratura no quinto metatarso do pé esquerdo.
A família registrou o caso na Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deati), e os agressores foram intimados a prestar depoimento. Imagens do circuito de segurança do prédio onde a professora reside também foram entregues às autoridades, evidenciando o momento da chegada dos agressores e o padrasto do aluno atirando uma pedra contra o apartamento da vítima.
Apesar da violência sofrida, a professora decidiu retomar suas atividades, não apenas pela necessidade financeira, mas também pelo compromisso com seus alunos. "Ela conseguiu voltar, até porque tem compromisso com os pais e os alunos. Como a própria médica e advogada citaram, é uma forma de distrair a mente do ocorrido", explicou a filha.
O espancamento ocorreu no dia 17 de março, uma segunda-feira. Seis dias antes, o aluno envolvido no caso teria agredido a professora com um tapa no rosto, o que levou à repreensão por parte dela. A violência contra profissionais da educação tem sido um tema crescente de preocupação, e o caso reforça a necessidade de medidas mais eficazes para garantir a segurança desses profissionais.