O Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) determinou a paralisação imediata das atividades do Balneário Praia da Figueira, um dos pontos turísticos mais frequentados de Bonito. A decisão, publicada no Diário Oficial do estado nesta quarta-feira (26), foi tomada após a identificação de irregularidades ambientais, incluindo a captação não autorizada de água do Rio Formoso e ocupação ilegal de área de preservação permanente.
Localizado a 19 quilômetros de Bonito, o balneário é conhecido por suas águas cristalinas, flutuação e uma ampla estrutura de lazer. No entanto, uma investigação do Ministério Público revelou que o empreendimento operava com bombas de água sem autorização e um poço tubular não regularizado, além de adentrar uma área ambientalmente protegida.
Licença suspensa e risco de crime ambiental
A Portaria do Imasul suspendeu a Licença de Operação nº 27/2021, determinando o fim imediato das atividades do balneário. O documento cita a Lei Estadual 2.257/2001, que prevê penalidades para infrações ambientais. Caso as atividades continuem, o responsável poderá responder por crime ambiental.
O gerente do empreendimento alegou que as bombas eram usadas apenas em situações emergenciais e que havia uma declaração de uso da água. No entanto, o Imasul constatou que não havia autorização válida para a captação, apenas um documento insuficiente para legalizar a prática.
MP investiga danos ambientais
O Ministério Público instaurou um inquérito para apurar:
Captação irregular de água do Rio Formoso;
Intervenção em área de preservação permanente;
Possível crime ambiental devido às irregularidades.
Enquanto o caso não for resolvido, o balneário permanecerá fechado, sem previsão de retorno das atividades. A decisão reforça a fiscalização ambiental na região, conhecida por seu ecoturismo e riquezas naturais.