Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundação de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), foi eleito por aclamação para a presidência do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). A eleição ocorreu durante a 67ª edição do Fórum Nacional do Confap, em Macapá (AP), no dia 21 de março. Este marco histórico representa a primeira vez que um representante de Mato Grosso do Sul assume a liderança do conselho, reforçando a posição do Estado como protagonista na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Brasil.
Durante seu discurso, Araújo Pereira destacou a importância dessa conquista para o Estado e para a ciência brasileira. "É uma honra ocupar a presidência do Confap, sendo a primeira vez que Mato Grosso do Sul lidera este Conselho. Esta eleição reflete o crescente protagonismo da ciência, tecnologia e inovação de Mato Grosso do Sul, com pesquisas de excelência e resultados significativos para a sociedade", afirmou. O novo presidente também ressaltou a necessidade de estratégias de fomento avançadas e soluções inovadoras para o mercado e a sociedade, principalmente em relação aos desafios dos corredores latino-americanos.
O Confap, que reúne os presidentes das 27 fundações estaduais de amparo à pesquisa, tem como objetivo promover a articulação entre essas fundações e outros órgãos governamentais e instituições de pesquisa. O conselho também trabalha para fortalecer o financiamento e a execução de projetos científicos e tecnológicos no país, contribuindo para o desenvolvimento regional e impulsionando a inovação. Em sua nova gestão, Araújo Pereira pretende reforçar a colaboração com agências federais como CNPq, Capes e Finep, além das secretarias estaduais de CT&I, para implementar políticas estratégicas em cada estado.
A eleição de Araújo Pereira reflete o crescente impacto das fundações estaduais no setor de CT&I, que, nos últimos anos, têm superado as agências federais em termos de investimentos. As fundações aumentaram significativamente seus aportes em pesquisa, passando de R$ 2,8 bilhões em 2018 para R$ 4,8 bilhões em 2024. O evento, que reuniu as principais lideranças do setor, ocorreu em um momento estratégico para o Brasil, que se prepara para sediar a COP 30 em 2025, integrando as pautas de sustentabilidade, ciência e inovação.