O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a superioridade da extrema direita nas redes sociais durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda. na noite de sexta-feira (21). Segundo ele, essa influência permite que informações falsas se espalhem mais rapidamente entre a população. "A extrema direita tem um domínio das redes sociais muito superior ao nosso", afirmou. O ministro também fez um alerta sobre as diferenças entre informações e verdades, enfatizando que "a informação que não é verdade é barata" e, muitas vezes, pode ser viralizada como pólvora.
Haddad citou como exemplo um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que, após uma portaria do governo federal, falou sobre a norma da Receita Federal que exigia a comunicação de movimentações de Pix e cartões de crédito acima de R$ 5 mil para pessoas físicas. O vídeo, que falava sobre uma suposta cobrança nas transações, foi compartilhado amplamente e alcançou mais de 200 milhões de visualizações em apenas um dia. Para o ministro, a propagação da mentira e da verdade ocorre em velocidades diferentes, e isso precisa ser melhor compreendido.
Em relação à economia, Haddad falou sobre o projeto de isenção do Imposto de Renda (IR), que foi enviado ao Congresso. O projeto visa ampliar a isenção para quem ganha até R$ 5 mil e garantir descontos para quem recebe até R$ 7 mil. O ministro afirmou que o maior desafio da medida será a compensação das perdas de recursos e não a proposta em si.
Além disso, o ministro comentou sobre o lançamento do programa Crédito do Trabalhador, voltado para trabalhadores do setor privado. Até as 14h de sexta-feira, o programa já havia registrado 1.349 contratos fechados e mais de 13,4 milhões de simulações. Haddad explicou que, ao considerar o histórico do trabalhador, o sistema financeiro poderia oferecer taxas mais baixas para o crédito, sem risco elevado, beneficiando tanto as instituições quanto os consumidores.