A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) anunciou nesta quarta-feira (19/3) uma leve redução na previsão para a safra de soja no Brasil, ajustando-a para 170,9 milhões de toneladas, ante os 171,7 milhões projetados em fevereiro. Apesar disso, a previsão de esmagamento foi mantida em 57,5 milhões de toneladas para este ano, refletindo estabilidade na demanda interna por soja para processamento.
A previsão de produção de farelo de soja também não sofreu alterações, com estimativas que permanecem em 44,1 milhões de toneladas, enquanto a produção de óleo de soja seguiu estável, mantendo-se em 11,4 milhões de toneladas.
Quanto às exportações, a Abiove manteve a expectativa para os embarques de soja em grãos em 106,1 milhões de toneladas e para o farelo de soja em 23,6 milhões de toneladas. No entanto, os envios de óleo de soja devem aumentar para 1,4 milhão de toneladas, uma elevação em relação à previsão anterior de 1,1 milhão de toneladas. A associação também projeta uma redução de 50% nas importações de óleo de soja, que deverão cair para 100 mil toneladas, e um total de 500 mil toneladas de soja importadas para complementar a oferta no mercado interno.
Produção de Soja em 2024
A Abiove também divulgou dados consolidados sobre a produção de soja em 2024, que alcançou 154,39 milhões de toneladas, refletindo um crescimento de 0,6% em relação à previsão anterior. Em comparação com 2023, quando a safra foi de 160,3 milhões de toneladas, houve uma redução na produção.
O esmagamento foi revisado positivamente, chegando a 55,8 milhões de toneladas, um aumento de 0,7% sobre o ano anterior, quando o Brasil esmagou 54,1 milhões de toneladas. A produção de farelo de soja também apresentou crescimento, atingindo 42,6 milhões de toneladas, comparado a 42,2 milhões em 2023. Já a produção de óleo de soja cresceu 2,2%, totalizando 11,34 milhões de toneladas.
A Abiove destacou que o crescimento das exportações de farelo de soja, em meio à crescente concorrência internacional com os Estados Unidos e a Argentina, foi um dos principais fatores responsáveis por esse desempenho positivo. (Com informações Globo Rural)