Com o avanço do HLB (greening), a principal doença que afeta os cultivos de citros, a citricultura brasileira está passando por mudanças significativas. A doença tem levado os produtores a buscar novas áreas de cultivo, e a ampliação do Cinturão Citrícola para estados como Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e o Distrito Federal cria o Cinturão Citrícola Expandido (CCE). A Embrapa e o Fundecitrus estão investindo em estudos para ajudar os citricultores a se adaptarem a essas novas regiões.
A principal ferramenta para apoiar os produtores é o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que avalia os riscos climáticos para a produção, como a floração e a colheita. De acordo com os pesquisadores, o Zarc tem sido crucial para identificar áreas com maiores riscos e para o planejamento da citricultura no Cinturão Citrícola Expandido, oferecendo dados importantes para os citricultores se adaptarem aos desafios climáticos e fitossanitários.
Além disso, a Embrapa também está desenvolvendo estudos específicos para mapear o risco fitossanitário, com foco no psilídeo-vetor do HLB e na podridão floral. Essas doenças afetam diretamente a produção e exigem o uso de tecnologias digitais para monitoramento contínuo e controle integrado das pragas, ajustando o manejo de acordo com as características climáticas de cada região.
A migração dos pomares para novas áreas já é uma realidade crescente, com muitos citricultores buscando locais com menos incidência de HLB. Embora a situação ainda seja desafiadora, os esforços de zoneamento e manejo estão ajudando a garantir a continuidade da produção e a sustentabilidade econômica dos pomares no Brasil. (Com informações CenárioMT)