A crise política em Portugal atingiu seu ponto máximo nesta quarta-feira (12), quando o governo do primeiro-ministro Luís Montenegro foi derrubado após o Parlamento rejeitar a moção de confiança solicitada pelo chefe do executivo. Essa moção funciona, em termos simples, como um pedido para que o Parlamento confirme o apoio ao governo, e a resposta negativa resultou na queda de Montenegro.
O motivo da moção foi um escândalo envolvendo a empresa familiar de Montenegro, a Spinumviva. A oposição acusou o primeiro-ministro de um possível conflito de interesses, já que sua empresa recebia pagamentos mensais de consultoria e serviços, sendo a Solverde, empresa ligada ao setor de cassinos e hotéis, um dos principais clientes. Além disso, surgiram revelações de que Montenegro atuava como advogado da Solverde enquanto negociava com o governo português a renovação de contratos para exploração de cassinos.
Com o governo de Luís Montenegro agora derrubado, Portugal se prepara para suas terceira eleição em três anos. O pleito ocorrerá entre os dias 11 e 18 de maio, trazendo mais um capítulo para a turbulenta política portuguesa. (Com informações The News)