A Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), por meio da Secretaria-Executiva de Agricultura Familiar (Seaf), lançou o Estudo Socioeconômico da Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul. A pesquisa, apresentada durante a reunião do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Agricultura Familiar (Cedraf/MS), revela um panorama detalhado sobre a realidade do setor, que conta com mais de 41 mil propriedades no Estado. O estudo foi realizado em parceria com o Sebrae/MS e trouxe à tona desafios e perspectivas para o fortalecimento da produção familiar.
De acordo com o levantamento, a agricultura familiar representa 61% dos estabelecimentos agropecuários de Mato Grosso do Sul, mas ocupa apenas 4% da área produtiva do Estado. As propriedades familiares são predominantemente pequenas, com 85% delas possuindo menos de 50 hectares. Apesar da importância significativa da agricultura familiar na produção de alimentos e na geração de empregos no campo, o setor enfrenta dificuldades estruturais, como a falta de assistência técnica, dificuldades de acesso ao crédito e infraestrutura precária.
Os principais produtos cultivados pela agricultura familiar no Estado são mandioca, milho e banana, além da produção de leite e ovos, que também se destacam na pecuária. Entretanto, a comercialização continua sendo um desafio, com baixa participação dos pequenos produtores em programas governamentais como o PNAE e o PAA. O estudo aponta que a falta de apoio institucional dificulta o crescimento e a inclusão desses produtores nas cadeias produtivas mais amplas.
O secretário de Estado Jaime Verruck enfatizou que o estudo é essencial para planejar políticas públicas voltadas à agricultura familiar. A partir dos dados obtidos, o Governo do Estado pode direcionar investimentos em infraestrutura, fortalecimento do cooperativismo e ampliação do acesso a crédito e assistência técnica, buscando melhorar a competitividade e qualidade de vida dos produtores. As ações visam garantir o desenvolvimento sustentável do setor e aumentar a renda das famílias que dependem da agricultura familiar para sua subsistência.