A soja e o trigo iniciam o pregão desta sexta-feira (28/2) em alta em Chicago, após sucessivas sessões de queda. A valorização é impulsionada por questões técnicas envolvendo os investidores, que têm liquidado contratos, conforme análise da consultoria Granar. O trigo para maio apresenta a maior alta da abertura, subindo 1,24%, cotado a US$ 5,6950 por bushel, sendo influenciado pela tensão gerada pelas tarifas comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump, especialmente em relação ao México, principal destino do trigo americano.
Outro fator que contribui para a valorização é o encontro programado entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenski, para discutir, entre outros pontos, a possibilidade de um cessar-fogo na região do Mar Negro.
A soja para maio avança 0,6%, sendo negociada a US$ 10,4350 por bushel, após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduzir suas projeções para os estoques finais da safra 2025/26, que agora são estimados em 8,71 milhões de toneladas. Porém, as altas da soja são limitadas pelo avanço da colheita no Brasil, pela melhora das condições climáticas na Argentina e pela incerteza quanto aos efeitos das tarifas comerciais.
Por outro lado, os contratos futuros de milho para maio seguem a tendência de desvalorização das últimas sessões, caindo 0,26%, a US$ 4,7975 por bushel. A pressão para a queda do milho vem da previsão de uma colheita recorde nos EUA, conforme avaliação do USDA, além das tarifas contra o México e o Canadá, e da desaceleração das exportações dos EUA. A melhoria nas condições climáticas argentinas e o avanço do plantio da safrinha brasileira também contribuem para a baixa. (Com informações Globo Rural)