Os preços do milho na região de Campinas (SP), representados pelo Indicador ESALQ/BM&FBovespa, têm mostrado avanços significativos em fevereiro, conforme dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. A alta é impulsionada pela redução dos estoques domésticos, pelo atraso na colheita das lavouras de primeira safra e pelo crescente interesse dos compradores por novos lotes, em um cenário onde os vendedores estão afastados do mercado à vista.
Segundo a Conab, a relação entre estoques e consumo interno de milho estava em apenas 2,5% no final de janeiro, uma taxa inédita no Brasil. Para 2024, a colheita da primeira safra apresenta atraso: até 23 de fevereiro, 20,9% das lavouras haviam sido colhidas, contra 24,9% no mesmo período de 2024. Em São Paulo, apenas 6% da colheita foi concluída até o final de fevereiro, muito abaixo dos 20% registrados no ano passado.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa subiu 13,1% até 24 de fevereiro, alcançando R$ 84,85/saca de 60 kg, o maior valor desde março de 2023. No acumulado do ano, o avanço é de 16,7%. A alta foi especialmente significativa nos últimos seis dias úteis, quando o Indicador registrou um aumento de 6,2%. A dispersão dos preços na amostra de Campinas reflete as variações, com alguns agentes optando por restringir ofertas ou antecipar compras devido à firmeza do mercado. (Com informações CanárioMT)