O mercado de feijão-carioca segue dividido, com quedas nas cotações dos lotes comerciais, reflexo do grande volume de oferta e da menor qualidade dos grãos, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Por outro lado, os feijões de notas superiores continuam valorizados, devido à escassez desses lotes no mercado.
Já o mercado do feijão-preto enfrenta um cenário de demanda enfraquecida, o que tem dificultado reações mais robustas nos preços, embora os produtores tentem segurar os valores de comercialização.
No campo, as atividades de colheita avançam nas principais regiões produtoras dos feijões-carioca e preto. Até o dia 17 de fevereiro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) registrou que 52,1% da área da primeira safra de feijão-carioca já foi colhida no Brasil. O Instituto Brasileiro de Feijões e Pulses (Ibrafe) destaca que, apesar de não haver dados exatos sobre a quantidade de feijão-preto ainda em posse dos produtores, o bom desenvolvimento das lavouras, especialmente no Paraná, pode resultar em um aumento da oferta no mês de março, influenciando os preços. No entanto, o Ibrafe observa que as exportações de feijão-preto em fevereiro foram limitadas e não tiveram impacto significativo nos valores do produto. (Com informações Globo Rural)