Após três anos de pesquisa, a Embrapa Caprino e Ovinos (CE) identificou a cultivar comercial de feijão-guandu Super N como a mais indicada para a alimentação de caprinos, ovinos e bovinos no Semiárido brasileiro. Os testes, realizados em áreas experimentais em Sobral (CE), Boa Viagem (CE) e Sumé (PB), revelaram uma produtividade média de 6,2 mil quilos por hectare (kg/ha) de matéria seca, destacando a cultivar pela sua alta performance e adaptação ao clima quente e seco da região. A Super N superou em 16% a produtividade da segunda colocada, a Iapar 43.
O estudo avaliou quatro cultivares comerciais e 17 genótipos experimentais, com o objetivo de identificar as melhores opções para o clima semiárido, que apresenta um período chuvoso de fevereiro a junho e pluviosidade média de 400 a 800 mm. As principais características analisadas foram o tempo de florescimento, a altura da planta e a estimativa de produtividade de grãos. Segundo os pesquisadores, a Super N se destacou pela sua estabilidade em condições adversas, o que a torna ideal para a região.
O feijão-guandu, também conhecido como andu, é uma leguminosa nativa da África, amplamente cultivada no Brasil. Ele pode ser utilizado tanto para consumo humano quanto para a alimentação de rebanhos, oferecendo proteína e energia aos animais. A planta, que pode atingir até 4 metros de altura, é capaz de fixar nitrogênio no solo, enriquecendo-o para outros cultivos. Sua versatilidade na alimentação animal inclui o uso como feno ou silagem, sendo uma alternativa mais econômica em comparação aos tradicionais farelos de soja e milho.
Com o resultado da pesquisa, a Embrapa visa não apenas fornecer uma alternativa de forragem de alta qualidade para os produtores, mas também dar continuidade ao programa de melhoramento genético, com a expectativa de disponibilizar diversas cultivares adaptadas às necessidades reais dos produtores de caprinos e ovinos no Semiárido. (Com informações Globo Rural)