As vendas de café da safra brasileira 2024/25 alcançaram 85% da produção estimada, com um avanço de seis pontos percentuais em relação ao mês anterior. Esse ritmo de comercialização é superior ao do ano passado, quando 74% da safra havia sido vendida, e também ultrapassa a média dos últimos cinco anos, que era de 77%.
A alta dos preços no mercado internacional e a cotação do dólar têm impulsionado as cotações internas, o que tem incentivado os produtores a venderem devido à forte demanda por parte de compradores em reposição de estoques. Esse cenário gerou exportações recordes e ajudou a reduzir a oferta disponível.
As vendas de café arábica atingiram 82% da produção, superando tanto o ano passado (69%) quanto a média dos últimos cinco anos (75%). Já o café conilon (robusta) registrou 91% de vendas, refletindo uma aceleração devido à maior procura pela indústria doméstica e à perda de competitividade com o robusta asiático mais barato.
Enquanto isso, as vendas de café da safra 2025/26 seguem restritas, com apenas 12% da produção negociada até o momento. Os produtores estão adiando as vendas devido à incerteza sobre o tamanho da safra e à expectativa de mais altas nos preços. O mercado pode sofrer mudanças significativas no segundo semestre de 2025, com a possibilidade de melhora nas projeções produtivas para 2026. (Com informações Globo Rural)