Após dias de fortes chuvas, o litoral catarinense registrou neste sábado (18) uma trégua, com tempo ensolarado em algumas regiões. No entanto, a Secretaria de Estado de Comunicação alerta para a volta da instabilidade no fim de semana, com previsão de pancadas de chuva, temporais isolados, ventos fortes e até granizo em áreas costeiras e adjacentes.
Impactos e riscos climáticos
A chegada de uma frente fria neste domingo (19) e na segunda-feira (20) deve intensificar os temporais, aumentando o risco de alagamentos, enxurradas e danos estruturais, segundo nota do governo. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) reforçou o alerta para deslizamentos devido ao solo saturado, principalmente na Grande Florianópolis e no litoral norte.
Situação dos desabrigados e municípios atingidos
A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil informou que há cerca de 320 desabrigados e 995 desalojados no estado. Treze municípios, incluindo Camboriú, Tijucas, Biguaçu, Florianópolis e Balneário Camboriú, decretaram situação de emergência. Biguaçu foi a cidade mais afetada, registrando 434,8 mm de chuva em apenas 48 horas.
Equipes da Defesa Civil têm distribuído ajuda humanitária, como água potável, cestas básicas, kits de limpeza, colchões e abrigos. As cidades mais atingidas, como Biguaçu, Camboriú e Itapema, já receberam apoio emergencial.
Saúde e prevenção
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alertou para o risco de doenças relacionadas a alagamentos, como leptospirose e infecções diarreicas. A leptospirose, causada por contato com a urina de animais contaminados, pode apresentar sintomas como febre, dores no corpo e icterícia, com riscos graves em casos não tratados.
A população foi orientada a evitar contato com água contaminada e a buscar atendimento médico em caso de febre ou outros sintomas após exposição. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (Ciatox) está disponível 24 horas pelo telefone 0800 643 5252.
Recomendações para áreas de risco
Moradores de encostas ou regiões vulneráveis devem monitorar sinais de perigo, como trincas no solo ou movimentação de terra, e buscar locais seguros em caso de risco iminente. A Defesa Civil e o CBMSC seguem monitorando o clima e prestando assistência à população atingida.(Com Informações Agência Brasil)