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Hoje é Segunda-feira, 10 de Novembro de 2025.
Os incêndios florestais em áreas públicas não destinadas da Amazônia cresceram 64% em 2024, comparado ao ano anterior. A área queimada atingiu 2.460.082 hectares, conforme levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Esse aumento preocupa as autoridades, já que as florestas públicas não destinadas somam 56,5 milhões de hectares, o equivalente à área da Espanha.
A pesquisadora do IPAM, Rebecca Maranhão, destaca que a regularização fundiária dessas áreas é fundamental no combate aos crimes ambientais. "Com a regularização, podemos ter uma melhor gestão dos territórios, políticas públicas mais eficazes e maior fiscalização, o que ajuda a enfrentar a grilagem, o desmatamento e os incêndios", afirmou.
O mês de setembro foi o mais crítico, com 756,3 mil hectares destruídos, o maior número em um único mês desde 2019. Os estados mais afetados foram Pará, Amazonas e Roraima. Rodrigo Agostinho, presidente do IBAMA, alertou que, apesar dos esforços de mais de 2.200 brigadistas e equipes locais, as condições climáticas extremas e ações criminosas agravam o cenário. "O que vemos agora, como na Califórnia, é um alerta de que os próximos anos podem ser ainda piores", disse.
