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Explosão de consumo do pistache e o caminho para produção nacional

Com a crescente popularidade do pistache no Brasil, pesquisa busca adaptar cultivo ao clima tropical cearense
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Pistache em sobremesas e pratos salgados – a febre do pistache que conquistou os brasileiros. Foto: Canva/Creative Commoms Por: Editorial | 14/01/2025 11:40

Até recentemente restrito a um consumo mais nichado, o pistache se tornou um verdadeiro sucesso no Brasil, presente em sobremesas como sorvete e cheesecake, além de ser inovadoramente incorporado em pratos salgados como esfirra e pão de queijo. Esse aumento no consumo fez com que as importações do produto triplicassem, passando de 350 toneladas em 2022 para 1.000 toneladas em 2024.

Com o crescente interesse, surge a pergunta: por que não cultivar pistache no Brasil? Atualmente, 100% do pistache consumido no país é importado, mas a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está desenvolvendo um projeto para iniciar o cultivo-piloto no Ceará em 2027. O plano de "tropicalização do pistache" será apresentado pela Embrapa Agroindústria Tropical à Federação de Agricultura e Pecuária do Ceará ainda no primeiro semestre de 2025. A aprovação do projeto dependerá da obtenção de recursos para o financiamento.

O projeto envolve uma imersão de especialistas da Embrapa na Universidade da Califórnia, onde serão estudadas as características de cultivo do pistache, uma planta originária da Pérsia, atualmente Irã, mas que foi adaptada ao clima da Califórnia, principal produtor mundial do grão. O objetivo é adaptar variedades americanas à região do Ceará, o que deverá levar entre 10 a 15 anos de pesquisa, segundo Gustavo Saavedra, chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical.

Este processo envolve desafios burocráticos, como a obtenção de material genético das plantas e autorizações governamentais, além de desafios agronômicos, como o ajuste da necessidade de frio da planta e a nutrição adequada. A Embrapa também estudará a industrialização do pistache no Brasil quando as variedades adaptadas estiverem prontas.

Se tudo correr conforme o planejado, o Brasil poderá começar a colher pistache entre 2035 e 2040. De acordo com o analista do Rabobank, David Maganã, o sucesso do cultivo de pistache na Califórnia fez com que os EUA buscassem diversificar seus mercados de exportação, e a América Latina, com destaque para o Brasil, surge como um mercado promissor, nunca tendo consumido tanto pistache como atualmente. (Com informações Globo Rural)




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