|
Hoje é Quarta-feira, 10 de Setembro de 2025. 
|
Hoje é Quarta-feira, 10 de Setembro de 2025. 
Entre janeiro e novembro de 2024, as exportações de café do Brasil registraram um recorde histórico, alcançando 46,4 milhões de sacas de 60 quilos. Esse volume superou a marca anterior, registrada em 2020, de 44,7 milhões de sacas, representando um crescimento de 3,78%. Quando comparado ao mesmo período de 2023, com 35,1 milhões de sacas exportadas, o aumento foi de 32,2%.
Em termos de receita cambial, o desempenho também foi excepcional. Nos primeiros 11 meses de 2024, o Brasil arrecadou US$ 11,3 bilhões com as exportações de café, um crescimento de 22,3% em relação ao recorde anterior de 2022, e de 56% sobre o montante registrado no ano passado.
Em novembro, as exportações atingiram 4,66 milhões de sacas, representando um aumento de 5,4% em comparação com o mesmo mês de 2023. A receita cambial também apresentou um crescimento significativo, subindo 62,7%, passando de US$ 825,7 milhões para US$ 1,34 bilhão.
No entanto, o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, apontou que o setor poderia ter registrado números ainda melhores se não fosse pelos problemas logísticos nos portos, que causaram atrasos nos embarques. Ferreira destacou que, apesar das dificuldades, os exportadores buscaram alternativas, como o embarque via break bulk, e arcaram com custos adicionais para garantir a continuidade das remessas.
O Brasil enfrentou, entre janeiro e outubro de 2024, um atraso acumulado de 1,7 milhão de sacas, equivalente a 5.203 contêineres, o que resultou em uma perda de receita de cerca de US$ 489 milhões ou R$ 2,75 bilhões. Além disso, os exportadores enfrentaram custos extras relacionados a armazenagens e outros encargos, que somaram R$ 30,4 milhões até o momento.
Os principais destinos das exportações brasileiras de café continuam sendo os Estados Unidos, com 7,42 milhões de sacas, seguidos pela Alemanha (7,23 milhões de sacas) e Bélgica (4,07 milhões de sacas). Destacam-se também os aumentos nas exportações para outros países produtores, como México, Vietnã e Índia.
Em relação aos tipos de café, o Brasil segue sendo líder mundial no envio de café arábica, com 33,97 milhões de sacas exportadas até novembro, representando 73,2% do total. A espécie canéfora (conilon + robusta) registrou um crescimento expressivo de 107,4%, totalizando 8,69 milhões de sacas. O café solúvel e o produto torrado e moído também tiveram bons desempenhos, com crescimentos de 12,1% e 8%, respectivamente. (Informações Globo Rural)
