Acesso aos pantanais de Nhecolândia e Abobral é interditado pela MS-228 após represamento de água

O acesso aos pantanais da Nhecolândia e Abobral pela MS-228, a partir de Corumbá, está interditado devido a problemas causados pela construção de um desvio inadequado pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). O desvio, localizado ao lado da ponte de madeira sobre o Rio Negro, foi erguido após o incêndio de grandes proporções ocorrido no dia 18 de julho deste ano. No entanto, a obra foi realizada sem a instalação de tubulação para permitir a vazão da água, o que, com as fortes chuvas da última semana, resultou em um represamento significativo no local.

Moradores da comunidade do Porto da Manga, localizada cerca de 4 km da ponte, informaram que o desvio formou um lago com altura superior a 3 metros, impedindo a água da chuva de seguir seu curso natural para o Rio Paraguai. Na tentativa de ultrapassar a área alagada, um trator da prefeitura de Corumbá afundou, demonstrando a precariedade do desvio e a falta de infraestrutura adequada, já que o outro lado da ponte permanece sem cascalho e não oferece condições de segurança.

Com a chegada antecipada das águas, a região foi isolada, e o acesso rodoviário à Nhecolândia e Abobral, a partir de Corumbá, agora ocorre por rotas alternativas como a BR-262 e a MS-184 (Estrada Parque). Essa mudança aumentou a distância para quem precisa chegar à Curva do Leque (MS-228) em mais de 60 km. Por meio do Porto da Manga, o percurso totaliza 84 km, com travessia de balsa pelo Rio Paraguai. (Correio do Estado)