A safra de grãos de 2024 traz desafios significativos para o Brasil e Mato Grosso do Sul, com uma retração estimada de 6,7% na produção nacional, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Estado, responsável por 6,8% do total brasileiro, também deve sentir o impacto dessa redução, principalmente nas safras de soja e milho, os dois principais grãos da região.
Fatores climáticos, como os efeitos do El Niño e La Niña, influenciaram diretamente os resultados. “Tivemos chuvas irregulares e uma estimativa severa, o que prejudica a produtividade”, explicou Staney Barbosa, economista do Sindicato Rural de Campo Grande.
Apesar da retração na produção, a área cultivada apresenta crescimento. O Brasil terá, em 2024, uma área colhida de 79,1 milhões de hectares, um aumento de 1,6%. Para Barbosa, isso reflete a resiliência dos produtores, que continuam investindo e expandindo, mesmo em períodos desafiadores.
Para 2025, as projeções são mais otimistas, com uma recuperação estimada de 7% na produção nacional, impulsionada pela soja e pelo milho. Mato Grosso do Sul também deve se beneficiar dessa retomada, embora o economista esteja alerta para os altos custos de produção e a necessidade de estratégias financeiras eficientes.
A Região Centro-Oeste segue como líder nacional na produção de grãos, com destaque para Mato Grosso do Sul, que se consolida como um dos principais celeiros do país, mesmo diante das adversidades.