A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) se manifestaram contra o projeto de lei que está sendo discutido na Assembleia Legislativa do Ceará, o qual propõe a liberação do uso de drones para pulverização de agrotóxicos. Desde 2019, o Estado é o único a proibir a aplicação aérea de substâncias químicas no campo.
As instituições, em nota conjunta, alertam sobre os riscos dessa alteração, fazendo referência à Lei Zé Maria do Tomé, que proíbe a pulverização aérea no estado. A proposta, agora em análise, busca modificar essa legislação, que foi sancionada em 2019 pelo então deputado estadual Elmano de Freitas, atual governador do Ceará.
A Abrasco e a Fiocruz reforçam que já existem vastas evidências científicas demonstrando os danos causados pela exposição aos agrotóxicos, tanto para a saúde humana quanto para a biodiversidade. Além disso, as instituições destacam a falta de estudos rigorosos que provem que os impactos negativos da pulverização por drones são minimizados. As entidades pedem que as políticas públicas sejam orientadas por evidências científicas que promovam um desenvolvimento mais sustentável e saudável. (Informações Globo Rural)