O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comemorou a saída de Bashar al-Assad da presidência da Síria, classificando o fim de seu regime como um "ato de justiça". Em discurso no último domingo (8), Biden criticou as ações do ex-presidente sírio, que, segundo ele, brutalizou, torturou e matou centenas de milhares de cidadãos sírios.
“Finalmente o regime de Assad caiu. Esse regime brutalizou, torturou e matou literalmente centenas de milhares de sírios inocentes. A queda desse regime é um ato de justiça”, afirmou o presidente.
Apesar da celebração, Biden alertou que a Síria agora enfrenta um momento de risco e incerteza. "É um momento histórico de oportunidade para as pessoas da Síria, para que vejam o futuro do seu país, e é também um momento de risco e incerteza", disse, ressaltando que os Estados Unidos atuarão para evitar que grupos busquem expandir seu poder no país.
O presidente também mencionou o apoio dos Estados Unidos a países vizinhos da Síria, como Jordânia, Líbano, Iraque e Israel, reforçando o compromisso em promover a estabilidade na região.
A declaração de Biden ocorreu horas após rebeldes sírios tomarem o controle do país, forçando Bashar al-Assad a deixar o cargo após 24 anos de governo. Relatos indicam que o ex-presidente sírio se encontra em Moscou, capital da Rússia.
A postura de Biden contrasta com a posição do futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, em declaração no sábado, afirmou que os EUA não devem interferir na situação síria e que não se envolverão mais no conflito.