O mercado físico do boi gordo finalizou a sexta-feira (6/12) com uma nova queda nas cotações, refletindo margens apertadas e dificuldades no escoamento da carne para o consumo interno, que continua impactado pelos preços elevados. De acordo com a Scot Consultoria, os frigoríficos reduziram o ritmo de compras de gado e ajustaram as escalas de abate, que em média atendem a oito dias, com abates reduzidos para alinhar a oferta de carne à demanda do mercado.
A expectativa é de que a demanda por carne bovina melhore ao longo de dezembro, impulsionada pelas festas de fim de ano, o que pode proporcionar uma nova sustentação nos preços. No entanto, nesta sexta-feira, todas as categorias de gado mensuradas pela Scot apresentaram uma queda de R$ 5 por arroba em comparação ao dia anterior. O boi gordo foi cotado a R$ 330 por arroba a prazo em São Paulo, enquanto o "boi China" foi negociado a R$ 335 por arroba.
Apesar da queda no mercado interno, a demanda internacional seguiu em alta. O volume de carne bovina in natura exportado em novembro foi de 228,1 mil toneladas, um aumento de 21,4% em relação ao ano passado. A média diária de embarques também cresceu, alcançando 12 mil toneladas, um incremento de 27,7% comparado ao mesmo período de 2023, conforme dados do governo federal.
O faturamento com as exportações de carne bovina alcançou US$ 1,1 bilhão, representando uma alta de 28,6% na comparação anual, com uma recuperação firme nos valores da tonelada embarcada. (Informações Globo Rural)