"Saber o quanto ela sofreu me destruiu por dentro", relata pai de Sophia após julgamento

Jean Carlos Ocampo, pai de Sophia, não conseguiu descansar entre os dias 4 e 5 de dezembro. Mesmo exausto, seus pensamentos estavam voltados para o julgamento do caso de sua filha, uma criança de 2 anos e 7 meses que sofreu abusos e agressões fatais em janeiro de 2023. “Minha cabeça não parava, não conseguia descansar”, relembrou Jean, ainda abalado com a dor da perda. “A sensação que eu tive era de ter voltado naquele dia.”

Na noite de 5 de dezembro, ele recebeu a notícia que esperava há quase dois anos: os responsáveis pela morte de Sophia foram condenados. O julgamento, que se estendeu por dois dias, foi marcado por momentos de grande sofrimento para Jean, que teve que enfrentar áudios, vídeos e fotos chocantes. A maioria do material, devido à sua natureza sensível, foi restrita aos jurados, mas o impacto foi devastador para o pai.

“Os dias 4 e 5 foram muito difíceis para mim”, afirmou Jean, explicando que, apesar de acreditar que estava preparado para o julgamento, as provas apresentadas o afetaram profundamente. “O pior momento foi saber o quanto ela sofreu, ouvir os áudios e saber o quanto eles torturaram ela me destruiu por dentro”, relatou. Durante o julgamento, foi detalhado o sofrimento físico e psicológico que Sophia sofreu, incluindo sinais de abuso e graves traumas em seu corpo.

Jean também ficou chocado com as conversas que revelaram práticas de tortura, como sufocamento e beliscões, o que intensificou a dor de saber o quanto sua filha foi vítima de crueldade. “Fazer isso com um bebê de 2 anos é surreal, saber o quanto a Sophia sofreu, isso acabou comigo”, desabafou.

Após o julgamento, Jean se sentiu aliviado pela sentença, mas ainda não sabe como será sua vida dali em diante. “Depois da sentença, me senti aliviado. Mas ainda não sei como vai ser minha vida daqui para frente”, disse. No entanto, ele afirmou que continuará vivendo pela memória de Sophia. “Amo demais, o amor é algo que ninguém pode tirar de mim”, concluiu Jean.