Os presidentes do Mercosul se reuniram nesta sexta-feira (6) em Montevidéu, com expectativas em torno do anúncio do acordo comercial com a União Europeia, após 25 anos de negociações. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chanceler uruguaio Omar Paganini confirmaram o avanço do acordo, destacando que a parceria poderá criar um mercado de 700 milhões de pessoas. Von der Leyen expressou otimismo nas redes sociais, mencionando a oportunidade de uma parceria histórica.
Diplomatas brasileiros também demonstraram otimismo, embora o acordo ainda precise passar por um processo burocrático e ser submetido à votação nos Parlamentos europeu e dos países do Mercosul. Para um negociador, o anúncio conjunto seria um gesto político importante, representando uma vitória para o multilateralismo.
O acordo, que enfrenta resistência na Europa, especialmente da França, Holanda e Polônia, está em discussão há mais de 20 anos. Os agricultores europeus protestam contra o impacto da parceria, especialmente em relação aos padrões ambientais e de segurança alimentar. Porém, países como a Alemanha defendem a importância do acordo para diversificar o comércio europeu.
Após o acordo ser confirmado, ele passará por um longo processo, incluindo tradução e votação nos Parlamentos, o que pode levar mais tempo. A oposição francesa não deve ser suficiente para derrubar o acordo no Parlamento Europeu, mas há preocupações de que Macron consiga formar um bloco contrário, com apoio de outros países como Itália e Polônia.
Se aprovado, o acordo representará uma grande vitória para a União Europeia e Mercosul, ampliando suas relações comerciais e diversificando seus mercados.