O governo do Canadá anunciou, na quinta-feira (5), a proibição de mais 324 marcas e modelos de armas de fogo, ampliando uma medida tomada em maio de 2020, que suspendeu a venda e o uso de 1,5 mil variações de equipamentos após um tiroteio que resultou em 22 mortes na Nova Escócia.
De acordo com Bill Blair, ministro da Defesa, as novas restrições visam armas que compartilham as mesmas características técnicas das proibidas anteriormente, incluindo design tático militar, ação semiautomática e grande capacidade de carregador. O objetivo da ação é reduzir a violência armada no país.
Blair também anunciou o avanço de medidas regulatórias para garantir que todas as armas de fogo no mercado canadense sejam devidamente contabilizadas. O governo continuará seus esforços para combater o contrabando e o tráfico de armas, especialmente na fronteira.
Além disso, o ministro revelou que, como parte da possível coleta das armas proibidas, autoridades canadenses estão em diálogo com autoridades ucranianas para explorar a possibilidade de enviar os equipamentos para apoiar a Ucrânia na luta contra a invasão russa.
O anúncio foi feito na véspera do 35º aniversário do massacre na École Polytechnique, em Montreal, onde um atirador matou 14 mulheres antes de cometer suicídio. A arma usada no ataque, o Ruger Mini-14, estava entre as inclusas na proibição de 2020.