O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (5), durante a inauguração da fábrica de celulose Suzano em Ribas do Rio Pardo, que assumiu um “Brasil semidestruído” em 2023. O evento marcou a entrega da maior fábrica de celulose do mundo, mas o discurso de Lula teve foco em questões políticas e críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Vocês, possivelmente, não têm a noção do que aconteceu com esse país. Eu sempre pergunto, governador, se alguém consegue me apresentar uma obra estruturante feita nos últimos sete anos”, declarou o presidente, dirigindo-se ao governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB). Segundo Lula, escolas e conjuntos habitacionais estavam paralisados quando assumiu, o que motivou a criação do PAC Seleções para retomar projetos essenciais.
Lula também criticou programas criados pela gestão anterior, como a "carteira verde e amarela" e o "Casa Verde e Amarela", destacando que em seu governo as pessoas têm liberdade para pintar suas casas da cor que quiserem. “Pode ser vermelha, pode ser branca, pode ser azul”, ironizou, referindo-se aos nomes das iniciativas de Bolsonaro.
A cerimônia ocorreu na única cidade de Mato Grosso do Sul com um prefeito do PT, João Alfredo Danieze, que não conseguiu a reeleição em 2024. Apesar do investimento privado de R$ 22,2 bilhões para a instalação da fábrica, Lula deu pouca atenção ao projeto em seu pronunciamento, preferindo abordar o cenário político e econômico nacional.