Governo de MS define solução emergencial para falta de água na reserva indígena de Dourados

Nesta quinta-feira (28), foi divulgada uma solução emergencial para o grave problema de falta de água nas aldeias Jaguapiru e Bororó, localizadas na maior reserva indígena de Mato Grosso do Sul, no município de Dourados. Após uma reunião com lideranças indígenas e representantes dos governos estadual e federal, ficou definido que serão perfurados poços para captar água potável, e enquanto as obras não forem concluídas, a comunidade será abastecida com água diariamente via caminhões-pipa. A medida visa atender a mais de 20 mil pessoas que vivem na região.

O encontro, que durou cinco horas, foi conduzido pela Secretaria de Estado de Cidadania (SEC), representada por Viviane Luiza, e contou com a presença de diversas entidades, como Funai, Sesai, Aty Guassu, APIB, OAB, MPF, Força Nacional e Polícia Militar. Durante a reunião, um termo de compromisso foi firmado, detalhando 14 pontos e estabelecendo prazos e responsabilidades para a execução das ações. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, reafirmou o compromisso do Estado em solucionar o problema da água na região, destacando a responsabilidade do governo estadual, apesar da questão ser de competência federal.

Riedel também ressaltou a importância do diálogo permanente e organizado para garantir a solução de problemas históricos na reserva. "Temos que ter ordem, organização e diálogo permanente. Fico feliz que nosso time chegou a um bom termo em Dourados para resolvermos um problema histórico, que é a falta de água", afirmou o governador, destacando que as obras para perfuração dos poços estarão concluídas até 15 de março de 2025.

A execução das obras de perfuração dos poços será realizada em parceria com o DSEI e a Sesai, com um contrato emergencial sendo firmado para dar início ao processo. Serão investidos cerca de R$ 490 mil no projeto. O Governo de Mato Grosso do Sul afirmou que essa obra, embora emergencial, faz parte de um projeto maior, mais estruturante, que visa resolver a questão de forma definitiva e regular para as aldeias, que enfrentam dificuldades com o fornecimento de água desde o ano passado.

Viviane Luiza, titular da SEC, reforçou que, embora as obras emergenciais sejam essenciais neste momento, o governo estadual já trabalha em conjunto com a União em um projeto mais técnico e estruturante, que visa atender a comunidade de forma sustentável. "Este projeto mais estruturante não conseguimos fazer agora, mas a Sanesul já elaborou um plano viável, e trabalharemos juntos para garantir o fornecimento regular de água para toda a população indígena", concluiu.