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Hoje é Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025.
A Amazônia viveu, em outubro de 2024, o quinto mês consecutivo de aumento no desmatamento, conforme aponta um levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O estudo registrou 419 km² de floresta derrubada no mês, um aumento de 44% em relação ao mesmo período de 2023, e a sétima maior área desmatada desde 2008.
Desmatamento concentrado em três estados O desmatamento foi concentrado principalmente em Mato Grosso (35%), Pará (31%) e Acre (12%), que, juntos, foram responsáveis por 330 km² de destruição, ou 78% do total registrado. Esses estados também ocupam a maior parte das posições nos dez municípios mais desmatados do período, com exceção do Amazonas.
Unidades de conservação sob pressão As unidades de conservação mais afetadas pelo desmatamento estão localizadas no Pará e Acre, com três unidades em cada estado. Juntas, essas áreas somam cerca de 19 km², o que corresponde a quase dois mil campos de futebol perdidos.
Raissa Ferreira, pesquisadora do Imazon, destaca a crescente pressão sobre essas áreas protegidas, mencionando que as populações locais são as mais impactadas pelos crimes ambientais. “Os números reforçam a necessidade urgente de proteção desses territórios, garantindo a sua integridade”, afirmou.
Degradação florestal: um problema crescente Além do aumento no desmatamento, o levantamento também revelou 6.623 km² de floresta degradada em outubro, o que equivale a quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo. A degradação ocorre principalmente por meio de incêndios e extração de madeira, resultando em uma perda parcial da cobertura vegetal.
O Pará lidera essa área, com 2.854 km² degradados, representando 43% do total registrado na Amazônia. Mato Grosso e Amazonas ocupam a segunda e terceira posições, com 2.241 km² e 1.082 km², respectivamente.
