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Hoje é Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025.
O bloqueio das rodovias MS-156, entre Dourados e Itaporã, e do anel viário de Dourados, completou 24 horas nesta terça-feira (26). A ação, liderada por indígenas das Aldeias Jaguapiru e Bororó, tem como principal demanda o retorno do fornecimento de água para as comunidades afetadas, que enfrentam sérias dificuldades no abastecimento.
Em declaração à imprensa, o capitão da Aldeia Jaguapiru, Ramão Fernandes, afirmou que as negociações com representantes do Governo Estadual não avançaram, e, por isso, a interdição das vias continuará. Para liberar o tráfego, os manifestantes exigem que os governos federal, estadual e as prefeituras de Dourados e Itaporã assinem compromissos formais para o fornecimento de água por meio de caminhões-pipa e a perfuração de poços nas aldeias.
Na última sexta-feira (22), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou que as aldeias de Dourados seriam contempladas com a segunda etapa do programa “Água para Todos”, que destina R$ 60 milhões para fornecer água a oito aldeias nos municípios da região. No entanto, ainda não há previsão de quando o programa será implantado em Dourados. “Agora é tudo ou nada. Se não for resolvido, vamos passar o Natal e o Ano Novo sem água”, destacou o capitão Fernandes.
Além do bloqueio nas rodovias MS-156 e anel viário, outro protesto ocorreu na manhã de segunda-feira (25), com bloqueios realizados pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na BR-262, entre Anastácio e Miranda, e na MS-386, entre Antônio João e Ponta Porã. Os cerca de 800 manifestantes reivindicaram terras, crédito e alimentação para famílias acampadas, além de respostas do Incra-MS sobre novos assentamentos. O protesto gerou congestionamentos de mais de dois quilômetros, sendo liberado após 8 horas de interdição.
