Rodovias seguem bloqueadas em Mato Grosso do Sul apesar da liberação da BR-262

Após oito horas de interdição, o tráfego na BR-262, no km 492, entre Anastácio e Miranda, foi completamente liberado na tarde desta segunda-feira (25), segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O bloqueio, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde a madrugada, foi encerrado após reivindicações por terras, crédito e alimentação para famílias acampadas, além de respostas do Incra-MS sobre novos assentamentos para 2024.

Embora o fluxo na BR-262 tenha sido normalizado, bloqueios em rodovias estaduais continuam impactando diversas regiões do Mato Grosso do Sul. Na MS-156, pontos de acesso à Reserva Indígena de Dourados permanecem interditados por indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru, que protestam contra a falta de água potável. Os manifestantes bloquearam os trechos com troncos, tratores e galhos, autorizando apenas a passagem de veículos de emergência.

As lideranças indígenas exigem soluções imediatas da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), como o envio de caminhões-pipa e a implementação de redes de abastecimento. Apesar de o governador Eduardo Riedel ter reconhecido recentemente a gravidade do problema, as aldeias da Reserva de Dourados não foram incluídas no programa estadual de atendimento às comunidades indígenas, gerando maior insatisfação.

Em outro ponto crítico, cerca de 400 integrantes do MST bloqueiam a MS-384 sem previsão de liberação. Imagens divulgadas pela Polícia Militar Rodoviária (PMR) mostram interdições totais, incluindo estradas vicinais, sem autorização de passagem para veículos.

As manifestações continuam causando transtornos a moradores e motoristas. A PMR segue orientando condutores sobre rotas alternativas enquanto a situação não é resolvida. A Secretaria Especial de Saúde Indígena não respondeu às solicitações de posicionamento sobre as demandas das comunidades afetadas.