Em um nublado 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o Brasil lembra Zumbi dos Palmares, símbolo da luta contra a escravidão e pela liberdade. A data celebra a resistência negra e destaca os desafios para a justiça social, a igualdade e o empoderamento.
A luta pela valorização da herança africana foi tema recente do Enem, promovendo reflexão sobre os obstáculos enfrentados pela população afrodescendente. Para a estudante Maria Fernanda Dionello, é essencial resgatar o legado dos negros na formação do Brasil: “Os ensinamentos de Zumbi ainda nos guiam contra a injustiça e a desigualdade social”.
A aposentada Rosilda Alves da Silva destaca a persistência do racismo estrutural. Segundo ela, avanços como a política de cotas não foram suficientes para superar a exclusão: “Ainda há preconceito na admissão de negros, mesmo com alta qualificação”.
Dados reforçam as disparidades. Segundo o IBGE, negros representam 56% da população brasileira, mas enfrentam taxas mais altas de desemprego, pobreza e violência. Entre 2012 e 2022, 73% das vítimas de homicídios no Brasil eram negras, a maioria jovens entre 15 e 29 anos.
Em Mato Grosso do Sul, a Lei Estadual 3.318/2006 promove ações educativas sobre a cultura negra e sua contribuição para o país. Este ano, o Dia da Consciência Negra se tornou feriado nacional, consolidando a importância da data para a reflexão e o combate às desigualdades.
Embora desafios persistam, movimentos negros e iniciativas legislativas continuam a celebrar a identidade e lutar por uma sociedade mais justa e inclusiva.