Mato Grosso do Sul confirmou 20 casos de Mpox, doença zoonótica viral, com uma taxa de incidência de 0,7 por 100 mil habitantes, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. Em 2023, o Estado registrou apenas um caso. O aumento no número de infecções gerou preocupação, levando o infectologista Maurício Pompilio, da Unimed, a destacar a importância da prevenção e do tratamento adequado.
A Mpox pode se manifestar inicialmente com sintomas como febre, mal-estar, dor de cabeça, dor no corpo e, principalmente, lesões na pele e mucosas. “As lesões começam como pequenas pápulas que evoluem para vesículas cheias de líquido, que podem ser transparentes ou amareladas, formando crostas até cicatrizarem", explicou Pompilio. Essas lesões podem surgir em várias partes do corpo, incluindo rosto, tronco, membros e genitais, e muitas vezes são dolorosas.
A transmissão do vírus ocorre principalmente pelo contato direto com as lesões e também através das secreções respiratórias. Por isso, a higiene adequada das mãos, com água e sabão ou álcool gel, é fundamental para evitar a disseminação da doença. Além disso, o uso de máscaras descartáveis e o isolamento de pessoas infectadas são medidas de proteção recomendadas.
Pompilio enfatiza que, embora não exista um tratamento específico para a Mpox, é possível aliviar os sintomas e melhorar as lesões com o cuidado adequado. "As pessoas devem procurar um serviço de saúde caso apresentem qualquer um dos sintomas característicos da doença para diagnóstico e manejo adequado", aconselhou.
O infectologista também destacou que, embora exista uma vacina contra o Mpox, ela é indicada principalmente para grupos com risco elevado, como pessoas com imunodeficiência, HIV, câncer ou que utilizam medicamentos que afetam o sistema imunológico.