Na manhã desta terça-feira (12), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, recebeu cerca de 20 entidades do setor agropecuário em Brasília para apresentar um balanço das atividades desenvolvidas ao longo de quase dois anos de sua gestão e discutir as prioridades para 2025.
Durante a abertura da reunião, Fávaro destacou os avanços na abertura de mercados internacionais para o agronegócio brasileiro, revelando que, desde o início da gestão, 273 novos acessos a produtos foram conquistados. "Essas aberturas não são apenas números, mas geram empregos, impulsionam os negócios do setor e contribuem positivamente para a balança comercial do país", afirmou o ministro. Ele também ressaltou a importância do bom posicionamento do Brasil no comércio internacional, especialmente em um cenário global marcado por incertezas, como guerras e a volatilidade dos preços das commodities agrícolas.
O ministro projeta que até o final deste ano o Brasil deverá alcançar a marca de 300 novos mercados internacionais, superando a meta inicial de 200 aberturas estabelecida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o fim de seu mandato. Fávaro destacou que uma série de anúncios relacionados às aberturas de mercado deve ocorrer durante a cúpula do G20, no Rio de Janeiro, com destaque para a China, embora não tenha especificado quais produtos devem ser liberados para exportação. Entre os itens negociados estão sorgo, uvas frescas, gergelim, miúdos bovinos, óleo e farelo de pescados.
A reunião também abordou questões internas do Ministério da Agricultura, com Fávaro anunciando uma pequena reestruturação na área técnica para o próximo ano. Segundo o ministro, além de apresentar planos e ações da Pasta, o momento foi importante para ouvir as demandas, críticas e sugestões das entidades presentes, que incluem grandes representações do setor agropecuário e da agroindústria.
Entre os participantes da reunião estavam entidades como a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a Associação Brasileira das Indústrias de Fumo (Abifumo), a Croplife Brasil, a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), entre outras.
Entretanto, a reunião gerou controvérsias, pois a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) não foram convidadas. Executivos dessas entidades afirmaram que não tinham conhecimento do encontro, o que gerou questionamentos sobre a representatividade das discussões.
Fávaro finalizou destacando que o diálogo com as entidades do setor será fundamental para o fortalecimento da agricultura e pecuária brasileira, com foco em resultados que beneficiem a produção e o comércio internacional. (Informações Globo Rural)