Mato Grosso e Mato Grosso do Sul avançam em projeto para unir os pantanais com ponte entre Corumbá e Porto Jofre

Os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão dando passos importantes para a realização de um projeto que promete integrar duas das maiores regiões de biodiversidade do país: os pantanais de ambos os estados. A iniciativa prevê a construção de uma ponte de concreto ligando a Estrada Transpantaneira (MT) à MS-214 (MS), conectando diretamente o município de Corumbá (MS) ao Porto Jofre, em Poconé (MT).

Este será o primeiro ponto de conexão física entre os pantanais, criando uma importante via de acesso que beneficiará o ecoturismo local e promoverá o desenvolvimento de um corredor ecológico entre as duas regiões. A ponte também tem o potencial de impulsionar as economias locais, facilitando o tráfego de visitantes e produtos.

Na última semana, as secretarias de infraestrutura dos dois estados realizaram uma visita técnica ao local para avaliar três possíveis traçados para a construção da ponte. A equipe de Mato Grosso do Sul, da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística), e de Mato Grosso, da Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística), foi liderada pelo diretor de Projetos e Orçamentos da Agesul, Magno Mendes.

Após a inspeção, o traçado mais viável foi identificado, ligando diretamente o final da Transpantaneira à MS-214, um projeto que deverá contar com uma ponte de cerca de 300 metros de extensão. Segundo Mendes, a obra tem previsão de custos entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões.

O projeto de construção será elaborado pelo governo de Mato Grosso, mas os custos serão compartilhados igualmente entre os dois estados, conforme o termo de cooperação já firmado.

"A ponte será um marco na conectividade entre os dois pantanais e, sem dúvida, impulsionará o turismo ecológico na região. Estamos dando um passo importante para promover a integração e o desenvolvimento sustentável dessas áreas", destacou Rudi Fiorese, diretor de Infraestrutura Rodoviária da Seilog.

Com a obra, espera-se que o ecoturismo, uma das principais atividades econômicas da região, tenha um grande estímulo, além de criar novas oportunidades para os moradores locais.