A disputa entre Kamala Harris e Donald Trump pela presidência dos Estados Unidos coloca o agronegócio global em um ponto de inflexão, com impactos diretos no Brasil. Questões como protecionismo, sustentabilidade e barreiras comerciais dominam as propostas dos candidatos, enquanto o Brasil consolida sua posição como maior exportador de soja e milho para a China. A desaceleração na demanda chinesa por produtos agrícolas norte-americanos impulsiona essa ascensão brasileira no mercado asiático.
Harris, em sua campanha, defende a diversificação das exportações e um combate às práticas comerciais “injustas”. Além disso, propõe a ampliação de biocombustíveis e metas de emissões líquidas zero até 2050, buscando atrair eleitores rurais. Já Trump reforça seu apoio ao protecionismo, com tarifas e desregulamentação, agradando aos setores da agroindústria conservadora.
O relatório da S&P Global Commodities Insights indica que a eleição terá efeitos duradouros sobre a política de subsídios, regulamentações ambientais e barreiras comerciais dos EUA. O Brasil, beneficiado pela alta demanda chinesa, pode continuar ganhando espaço no mercado global dependendo das futuras diretrizes norte-americanas para o setor agrícola e das relações comerciais com a China. (Informações Globo Rural)