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Neste Dia de Finados: O Luto e seus desafios psicólogas explicam como enfrentar e superar a perda

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Psicóloga Andrea Sefrian Martins (Foto: Studio K) Por: Editorial | 02/11/2024 16:03

Neste Dia de Finados (2), o tema do luto ganha destaque, pois a perda de um ente querido representa um dos momentos mais desafiadores na vida de qualquer pessoa. Esse tipo de perda pode ser inesperado ou surgir após um longo período de sofrimento, mas a dor quase sempre é intensa, e o luto desperta uma mistura de sentimentos que afeta cada indivíduo de maneira única.

Para entender melhor esse processo, OBemdito conversou com as psicólogas Andrea Sefrian Martins, de 41 anos, e Bruna Costa, de 33, que comentaram sobre a dificuldade da sociedade em lidar abertamente com a morte, defendendo a necessidade de vê-la como um processo natural.

“A morte acontecerá em algum momento com todos nós e deveríamos encará-la como um processo normal. Porém, é muito difícil para nós, seres humanos, devido aos vínculos afetivos e ao apego. Como não temos clareza sobre o que ocorre após a morte, a angústia se instala”, afirmou Andrea.

As profissionais destacaram a importância de vivenciar o luto plenamente, ressaltando que é um processo individual e único. “O luto requer elaboração, e existem cinco estágios que a literatura nos ensina. Eles nem sempre são sequenciais, podendo variar de pessoa para pessoa”, disse Bruna.

Os Estágios do Luto

O primeiro estágio é a negação, quando o indivíduo se recusa a aceitar a perda, com a sensação de que a pessoa falecida poderá retornar a qualquer momento. A segunda fase é a raiva, marcada por sentimentos de revolta e pela busca de culpados, seja em outras pessoas, seja em si mesmo, ou até em Deus.

Nesse momento, as psicólogas recomendam que amigos e familiares sejam pacientes e ajudem o enlutado a entender que, na maioria das vezes, não há um responsável direto pela perda. “Quando a morte ocorre sem uma causa intencional, como em acidentes, surge uma grande revolta com as circunstâncias da vida”, explicou Andrea.

A terceira fase, a barganha, surge como uma tentativa de negociar com a realidade da perda, imaginando uma forma de amortecer a dor. Esse estágio requer apoio para que o enlutado entenda que tais negociações não trazem de volta a pessoa amada e que é preciso enfrentar a realidade. “A pessoa tenta negociar a realidade, como se fosse possível reverter o que sente ou até o que aconteceu”, disse Bruna.

O quarto estágio é a depressão, quando o enlutado reconhece que não há como fugir da realidade da perda, entrando em uma profunda tristeza. “A tristeza surge com a percepção de que não há como mudar o que aconteceu”, explicou Bruna.

As psicólogas ressaltam que passar por todas essas etapas é crucial para chegar ao último estágio, a aceitação, o momento em que o indivíduo reconhece a perda e começa a seguir em frente, carregando as lembranças com serenidade. “Na aceitação, o luto persiste, mas é visto com tranquilidade. A pessoa aprende a lidar com a saudade e percebe que é possível continuar apesar da ausência”, explicou Andrea.

Autocuidado e Ajuda Profissional

Bruna e Andrea destacam a importância de respeitar os próprios sentimentos, praticar o autocuidado e conversar com pessoas de confiança para facilitar o processo de elaboração do luto. “É importante observar a intensidade e a frequência da dor ao longo do tempo. Se essa dor persistir, é recomendável procurar ajuda profissional”, orientou Bruna.

Andrea enfatiza que o sofrimento faz parte do processo e alerta contra o uso de medicamentos para suprimir a dor, que desempenha um papel importante no amadurecimento do luto. “Não é recomendável recorrer a calmantes. É importante chorar e vivenciar a dor, pois o sofrimento ajuda no amadurecimento do processo de luto”.

Além disso, o apoio espiritual pode auxiliar a enfrentar a ausência e manter viva a esperança de um reencontro. “A fé conforta ao possibilitar que as pessoas se reconciliem espiritualmente com quem partiu”, explicou Andrea.

Autoconhecimento e Preparação Emocional

Segundo Bruna, a maneira como lidamos com a perda reflete nosso modo de encarar a vida. “Não é preciso esperar perder alguém para cuidar das próprias emoções. Quanto mais a pessoa conhece seus sentimentos e sua maneira de agir, mais facilidade terá para enfrentar o luto”. As psicólogas aconselham que as pessoas lidem com suas questões em relação à morte antes de enfrentarem uma perda real, pois isso ajuda a vivenciar o luto de maneira mais saudável e leve.

Andrea conclui: “Quando estamos preparados, podemos vivenciar o luto de modo mais sereno, entregando tudo o que pudermos para que a pessoa parta em paz.” Já Bruna enfatiza que o autoconhecimento pode tornar o luto menos doloroso. “O autoconhecimento não elimina a dor, mas facilita a elaboração do luto, tornando-o mais leve.”

Para quem deseja saber mais sobre o trabalho das psicólogas ou precisa de ajuda, é possível entrar em contato através dos telefones: (44) 99956-9550 para falar com Andrea e (44) 99117-3496 para conversar com Brun

 


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