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Nova Lei de Biocombustíveis impulsiona setor sucroenergético e geração de empregos em MS

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Foto: Gerson Oliveira Por: Editorial | 29/10/2024 14:17

A Lei do Combustível do Futuro (Lei nº 528/2020), sancionada recentemente, promete transformar o cenário sucroenergético em Mato Grosso do Sul. Com foco na expansão da bioenergia a partir de cana-de-açúcar e milho, a nova legislação visa aumentar a mistura de biocombustíveis na gasolina, promovendo sustentabilidade e ampliando a economia local por meio de investimentos e geração de empregos.

O presidente da Associação dos Produtores de Bionergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Amaury Pekelman, destacou que a nova legislação posiciona o Brasil na liderança da transição energética global. “Nesse contexto, Mato Grosso do Sul se beneficia de sua forte vocação agroindustrial, criando um ambiente de negócios favorável para expansão,” afirma. A lei também incentiva a produção de biometano e diesel verde, que já ganham destaque no estado com projetos como o da Adecoagro em Ivinhema.

Para o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, Mato Grosso do Sul já possui uma base sólida no setor de bioenergia, o que o coloca em alinhamento com as diretrizes do programa federal. “Este programa marca um avanço significativo para o estado, que já se consolidou no setor e agora ganha mais competitividade com incentivos à produção de biodiesel e biocombustíveis,” comenta Verruck.

Outro destaque é a estratégia de Mato Grosso do Sul para se tornar um produtor relevante do combustível sustentável de aviação (SAF), alinhado às metas de descarbonização do setor aéreo brasileiro, que projeta reduções anuais de emissões a partir de 2027.

Lucas Mikael, economista especializado em bioenergia, acrescenta que o aumento da mistura de etanol na gasolina – que pode chegar a 35% – impulsionará a produção de cana-de-açúcar no estado, favorecendo o desenvolvimento de novas tecnologias e promovendo a sustentabilidade. Além dos ganhos para os produtores, Mikael projeta que o fortalecimento do setor trará um “efeito cascata” positivo para a economia local, movimentando desde o cultivo até a comercialização de biocombustíveis.

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 22 usinas de bioenergia em operação, espalhadas por mais de 40 municípios, e emprega cerca de 30 mil pessoas no setor. A expectativa é que essa estrutura seja significativamente ampliada com a nova lei e as diretrizes de descarbonização, consolidando o estado como protagonista na produção de bioenergia e na transição para um Brasil mais sustentável.

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