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Demência pode ser evitada em mais de 50% dos casos, aponta estudo

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Demência pode ser prevenida | Freepik Por: Editorial | 24/10/2024 14:50

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), publicado na revista The Lancet Global Health, revela que aproximadamente 54% dos casos de demência na América Latina são atribuídos a fatores de risco modificáveis, como baixa escolaridade, hipertensão e obesidade.

Baseado em dados coletados ao longo de sete anos, o estudo envolveu 107.907 participantes com idade mínima de 18 anos. Claudia Kimie Suemoto, professora de Geriatria da FMUSP e uma das autoras do estudo, destaca a singularidade da pesquisa: “É a primeira vez que uma região inteira é analisada de forma tão abrangente. Não existem estudos semelhantes em regiões como Europa ou Ásia.”

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 55 milhões de pessoas com demência no mundo, com mais de 60% dos casos concentrados em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas convivam com a doença, muitas delas sem diagnóstico.

Metodologia do Estudo

A pesquisa avaliou dados de sete países latino-americanos: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Honduras, México e Peru, considerando 12 fatores de risco:

  1. Baixa escolaridade
  2. Sedentarismo
  3. Hipertensão
  4. Obesidade
  5. Perda auditiva
  6. Tabagismo
  7. Consumo de álcool
  8. Isolamento social
  9. Depressão
  10. Inatividade física
  11. Lesão traumática no cérebro
  12. Poluição do ar

“A análise teve como objetivo isolar cada fator para identificar seu potencial de prevenção”, explica Suemoto. “Por exemplo, a prática regular de atividades físicas melhora a saúde vascular, beneficiando a nutrição e oxigenação do cérebro, enquanto a obesidade pode levar a inflamações que afetam a função cerebral.”

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