Consumo de carne e produção de leite exigem maior atenção dos pecuaristas no último trimestre

O último trimestre do ano marca o pico do consumo de carne bovina e a chegada das águas, um período crucial para o aumento da produção de leite. Para os pecuaristas de Mato Grosso do Sul, que possuem um rebanho bovino de 18,9 milhões de cabeças, segundo dados do IBGE de 2023, esses fatores representam um desafio adicional: manter o gado saudável e produtivo. A maioria do rebanho é criado em regime de pecuária extensiva, enquanto 811,2 mil cabeças são terminadas em confinamento, de acordo com um relatório da dsm-firmenich para 2024.

Segundo o médico veterinário Thales Vechiato, gerente de uma indústria de produtos para animais, a saúde digestiva, influenciada pela suplementação nutricional, é um fator decisivo para garantir elevada produtividade. "Uma nutrição adequada impacta diretamente o crescimento, a reprodução e o combate aos parasitas, que encontram condições ideais para se proliferar nesse período", destaca.

Parasitas afetam desempenho do rebanho

Vechiato alerta que parasitas como carrapatos, bernes e verminoses comprometem a capacidade dos bovinos de absorver nutrientes, afetando o ganho de peso, a produção de leite e até a fertilidade. "Se não for controlado, isso resulta em perdas econômicas significativas. A suplementação nutricional que fortaleça a saúde digestiva dos animais é essencial para reduzir os impactos dessas infestações."

O especialista ressalta que o sucesso sanitário depende de uma dieta equilibrada em aminoácidos, vitaminas e minerais. "O equilíbrio nutricional fortalece o sistema imunológico dos bovinos, tornando-os mais resistentes às infestações de forma natural, sem o desgaste causado por essas pragas."

Ao garantir uma boa nutrição e saúde digestiva, o pecuarista consegue manter o desenvolvimento e a produção de leite nos níveis esperados, mesmo em um período de alta pressão parasitária.