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Hoje é Quinta-feira, 13 de Novembro de 2025.
O nível do Rio Paraguai atingiu seu menor patamar em 124 anos, com 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, e continua a cair. Essa seca histórica já suspendeu o transporte pela hidrovia por mais de dois meses. O deputado estadual Paulo Duarte (PSB), de Corumbá, alerta que, sem intervenções urgentes para desassorear quatro trechos do rio, o Estado poderá enfrentar perdas bilionárias, especialmente na exportação de minérios.
Duarte critica a atuação do Ibama, que impede a dragagem dos bancos de areia que obstruem a passagem de barcaças. Em 2023, enquanto o nível do rio mal alcançou 1,47 metro, o volume de minérios escoados caiu 41% em relação ao ano anterior.
Embora a dragagem não implique a remoção de areia do fundo do rio, o Dnit, responsável pela hidrovia, propõe apenas o deslocamento dos bancos de areia. O deputado acredita que esse trabalho poderia ser concluído em três meses, idealmente agora, com o nível do rio baixo.
Duarte denuncia "técnicos radicais" em Brasília que bloqueiam a intervenção, afirmando que não comprometerá o bioma pantaneiro. Ele planeja uma campanha para convencer o governo federal a liberar a manutenção de calado, já reconhecida pelo presidente do Ibama.
Se necessário, o deputado não hesitará em buscar medidas judiciais, enfatizando a importância da mineração para a economia local e os 3 mil empregos diretos que gera. A empresa J&F pretende aumentar sua produção para 13 milhões de toneladas de minérios em 2025, o que representaria um faturamento significativo.
Com R$ 120 milhões anuais em CFEM, o município de Corumbá depende dessas atividades, além de potencializar arrecadações significativas para os cofres públicos. Duarte defende intervenções nas hidrovias como essenciais e pede que os burocratas compreendam essa necessidade.
Embora R$ 95 milhões para a dragagem estejam garantidos no Novo PAC, as exigências de estudos de impacto ambiental, que podem levar anos, atrasam as intervenções necessárias. O Dnit identificou 18 pontos ao longo do rio que precisam de manutenção para garantir a navegabilidade durante todo o ano, mas os obstáculos atuais prolongam as viagens e aumentam os custos. O deputado promete mobilizar esforços para desassorear os quatro trechos críticos, fundamentais para a passagem de minérios.
