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Hoje é Quinta-feira, 13 de Novembro de 2025.
Um estudo divulgado durante o Outubro Rosa, campanha de conscientização sobre o câncer de mama, revelou que 28% das mulheres brasileiras nunca realizaram exames para detectar a doença. Entre aquelas que não se submeteram a esses exames, 25% estão na faixa etária de maior risco, acima dos 40 anos.
A prevenção é essencial, e especialistas afirmam que quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as chances de cura.
Márcia Regina Gardinalli, aposentada de 65 anos, sempre fez exames preventivos, mas recebeu um diagnóstico de câncer de mama após uma crise de sinusite. “O que aprendi é que precisamos estar sempre atentos. Mesmo fazendo os exames, foi uma surpresa. Façam a mamografia, a ressonância. Qualquer alteração, insistam na prevenção”, aconselhou.
Thaís Mayumi, manicure de 41 anos, fez um ultrassom das mamas há 20 anos, mas não realizou novos exames desde então. “Com a correria do dia a dia, a gente vai deixando de lado”, explicou.
A pesquisa, realizada pelo Instituto AC Camargo em parceria com uma empresa de inteligência de dados, também abordou dúvidas comuns sobre a doença. Por exemplo, amamentar reduz o risco de câncer de mama? E a reposição hormonal ou próteses mamárias aumentam as chances de desenvolvimento da doença? Curiosamente, mulheres com menor escolaridade acertaram mais nessas questões do que aquelas com maior nível de estudo.
Especialistas afirmam que amamentar pode reduzir o risco de câncer de mama, mas não elimina a possibilidade de desenvolvê-lo. As próteses mamárias não causam câncer e não dificultam o diagnóstico, enquanto o uso de hormônios deve ser feito sob acompanhamento médico.
Solange Sanches, médica e vice-líder do Centro de Referência em Tumores da Mama do A.C. Camargo, reforça a importância da prevenção: “O câncer de mama é ainda a doença mais comum entre as mulheres e, apesar das taxas de cura terem aumentado, continua a ser responsável por um grande número de mortes. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura.”
